28/02/2011

vamos amanhã pro hospital.

era pra ser semana passada, mas na hora em que saíamos de casa, ligaram dizendo que o equipamento ia ser usado em uma emergência e que seria adiado por uma semana.

e sendo assim, um mês depois da primeira data marcada, assim será.

me parece. mas acho que dessa vez é mesmo.

fiquei tão nervosa semana passada que não consigo mais ficar. o fim de semana passou como se nada demais.

espero não desabar antes da hora. ele precisa de mim.

11/02/2011

atualizações em geral

o cateterismo ainda não aconteceu, por burocracias de médico cateterista versus plano de saúde.

não sei se isso é bom ou ruim, Fernando tava bem esotérico achando que era porque não tinha que ter acontecido mesmo, mas toda a briga com a sulamérica deixou ele muito cansado. novamente não me envolvi nessa briga. por mais que o doutor cardiologista queira que eu acredite que o resultado do procedimento vai ser bom pra ele, não consigo nem imaginar como vou conseguir passar por isso.

esse tem sido meu jeito de lidar, não pensando. até porque eu sei que pensar muito, nesse caso, vai me fazer perder as estribeiras de um jeito que não vai ser bom pra ninguém. acho que isso explica meu afastamento do blog. quanto menos eu penso em cardiopatia, menos penso no cateterismo iminente, e assim é possível acordar de manhã (quando consigo dormir, claro) e fazer o que tem que ser feito. e tem muita coisa pra fazer, ainda bem.

até porque pra não pensar, só ocupando o tempo mesmo. de dia é fácil. aliás, de dia não dá pra pensar em nada cuidando quase sozinha dos dois. de noite é que a porca torce o rabo, quando todos dormem e eu fico sozinha com as minhocas. tenho dormido dia sim dia não. nas noites ímpares sei que se deitar a cabeça no travesseiro as minhocas vão dominar, e então invento todo o tipo de coisa pra fazer. não tenho conseguido trabalhar oficialmente, porque com essa fase 'mãe profissional' não tenho como lidar com prazos. ainda bem que não me faltam talentos inúteis, ideias muito doidas, papéis pra cortar e lápis pra desenhar. nas noites pares desabo tão cansada na cama antes de todo mundo que não sei como levanto pra amamentar de madrugada. em ambos os casos acordo exausta, moída e sem a menor condição. e aí começa tudo outra vez.

tenho estado muito feliz com o desenvolvimento dele. luto muito contra os sentimentos do tipo 'não queria que ele fosse assim' pra poder aproveitar o meu filho ao máximo. e tem sido tão gostoso, todas as besteirinhas de bebê, conversinhas, palmas, beijinhos, rosnados e passeios pela casa segurando nas paredes. por mais cansativo que seja passar o dia tentando evitar que ele caia de cara no chão (e nem sempre conseguindo, claro), fui tão aterrorizada durante a internação por um suposto problema neurológico (por causa, claro, do parto domiciliar) que é um alívio enorme cada coisinha nova que ele aprende.

e ele é um menino tão feliz. o que me move é a certeza de que ele tá passando por essa vidinha dele, por mais difícil que esteja sendo, da melhor maneira possível. e eu vou fazer o possível e mais um pouquinho pra ajudar ele nisso. sempre.